23 de março de 2010

Dança Flamenga

Há muitos anos atrás pensei em criar uma dança sobre o flamengo. Seria uma brincadeira associando o time carioca e o flamenco. Seria uma dança "flamenga" com figurinos negros e rubros, alusões ao futebol e à cultura espanhola. Interessante a idéia que não vingou, mas depois de ler o post do Yallah! sobre uma academia de flamenco que cobra bem baratinho pelas aulas de dança do ventre porque é uma dança "inferior" ao flamenco, bem que pensei em ressuscitar a composição.

Sou flamenguista e agora ser flamenguista está em alta. Futebol é um tema que nunca sai de moda. Pensei em adaptar umas chuteiras com solados para fazer sapateados num tablado. Usar variados recursos. Quem sabe recriar o hino em ritmo flamenco. "Siempre flamengooooooooo... oooo... ooo" com umas lamúrias estilo Carmem, palmas batendo num ritmo de torcida organizada. Olha que daria pano para a manga! E para o mengo.

Quem quer participar? Audições, ou melhor, seleções a partir da próxima semana. Enviem currículos. Jogadores de futebol, balaoras profissionais, todo mundo terá a chance de estar no espetáculo. E vou remunerar bem, afinal, não vai ter dança do ventre no meio para "vacalhar" como diria um egípcio muito amigo meu!

Uma vez ranzinza, ranzinza até morrer...

19 de março de 2010

Agora sim, posso dizer que não gosto de trabalhar

Encontrei o seguinte parágrafo:

A formação profissional, desde as suas origens, sempre foi reservada às classes menos favorecidas, estabelecendo-se uma nítida distinção entre aqueles que detinham o saber (ensino secundário, normal e superior) e os que executavam tarefas manuais (ensino profissional). Ao trabalho, freqüentemente associado ao esforço manual e físico, acabou se agregando ainda a idéia de sofrimento. Aliás, etimologicamente o termo trabalho tem sua origem associada ao “tripalium”, instrumento usado para tortura. A concepção do trabalho associado a esforço físico e sofrimento inspira-se, ainda, na idéia mítica do "paraíso perdido".


Acreditem ou não, tirei isso de um documento oficial, um parecer sobre ensino profissional!!! Incrível, hãn?

Agora sim, tenho bases teóricas e documentais para dizer que detesto trabalhar!!!!

Isso não quer dizer que eu não seja produtiva! Longe disso. Aliás, vale a pena ver minhas novas fotos no facebook. Me procurem e adicionem lá. Meu perfil é Cínthia Gamila.

18 de março de 2010

Ai, ai, ai, meu ego 4

Para quem curte eneagrama, sou um ego 4! Inveja pura! Totalmente disfarçada porque nosso "pecado" no eneagrama geralmente é aquele que mais negamos. Tipo assim: quem é ego 1 - a Ira - é sempre bem calmo, suave, disciplinado... Como dizem os Titãs: 'acumulando raiva e rancor'. Bem assim!

Eis que fui ao blog da Roberta Salgueiro. O Yallah! E vi que sempre tem um monte de gente que deixa comentários por lá. Aqui vem umas poucas pessoas comentar! Por quê? Meu ego assim não vai aguentar... Rsrsrsrs....

Me digam, o que eu preciso fazer para que as pessoas conversem comigo aqui? hã? hã???

Estou aberta a propostas! Aceito qualquer negócio. Ou não.

17 de março de 2010

Quer dizer então que Mahmoud Reda foi discípulo de Platão?

Ora, ora... minha gente!
Vejo o quanto vale a pena estudar. E tenho conseguido um feito: manter-me conectada ao blog enquanto estudo! Não é fácil. Mas é necessário, porque com quem poderei compartilhar minhas reflexões???

Estou lendo a tese de doutorado de Ana de Pellegrin. É sobre dança e filosofia, estou amando! E num dos pontos da discussão ela me vem com essa:

Note-se que o processo de regulamentação defendido por Platão era algo radical, que passava pela definição de quais passos de dança seriam adequados ou não, quais os tipos de som poderiam e deveriam ser produzidos pela voz e pelos instrumentos. Poetas e músicos, nesse caso, seriam chamados a atuar como conselheiros a serviço do Estado, emprestando sua capacidade específica de lidar com os conteúdos artísticos, pra garantir que toda música e toda dança estivessem de acordo com a legislação. (Pellegrin, 2007: 79).

E não foi isso mesmo que Mahmoud Reda fez no Egito no século XX? Regulamentou quais passos eram adequados, o que deveria acontecer com a dança? Pobre de mim que pensava que o nobre egípcio educado pelos ingleses tinha sido influenciado pelas idéias de seus colonizadores! Que nada, Reda é chique! Platônico, helênico... (quem me conhece sabe que não estou falando sério...).

Eita, estou precisando me explicar muito por aqui. Vai ver é a responsabilidade de ser lida por tantos países, pessoas mundo afora. Sabiam que teve gente dizendo lá da Itália que meu blog é pornográfico? (!!...??*%$$#$#!!!!).

É isso pessoal! E vamos que vamos!

Santo Agostinho: um esquizofrênico?

Deus que me perdoe, mas eu aqui em meus estudos sobre dança volta e meia dou de cara com esse tal Santo Agostinho. Primeiro simpatizei com o cidadão, depois fiquei sabendo que era misógino. Agora encontro o seguinte trecho em uma tese:

Como nos lembra Garaudy (1980, p.28), usando as palavras de Santo Agostinho: “os padres da Igreja, Santo Agostinho entre eles, condenaram ‘esta loucura lasciva chamada dança, negóciodo diabo’”. (Pellegrin, 2007: 65)


Oras, foi esse o mesmo indivíduo que disse que sem a dança os anjos não nos reconheceriam, ou coisa parecida? (não vou reler a postagem abaixo porque o cara me deu preguiça, vamo combinar...).

Vai entender... Deve ser algum problema, vai ver o cara era esquizofrênico. Nada contra os esquizofrênicos, viu? Tenho bons amigos esquizofrênicos e com outras desordens similares... Mas é que o mesmo cara se posicionar de formas tão opostas em uma mesma vida (não que eu seja espírita cardecista ou essas coisas) é no mínimo esquizito!

16 de março de 2010

Por que o santo?

Não sou católica, espírita ou evangélica. Mas postei a oração abaixo porque me espantei de estar com 36 anos, 26 deles dedicados à dança, e nunca ter lido essa prece.

Enfim...

Santo Agostinho


Eu louvo a Dança

Eu louvo a dança, pois ela liberta o ser humano
do peso das coisas - une o solitário à comunidade.
Eu louvo a dança, que tudo pede e tudo promove:
saúde, mente clara e uma alma alada.

Dança é a transformação do espaço,
do tempo e do ser humano,
este constantemente em perigo
de fragmentar-se, tornando-se somente
cérebro, vontade ou sofrimento.

A dança, ao contrário, pede o homem inteiro,
ancorado no seu centro.
A dança pede o homem liberto,
vibrando em equilíbrio com todas as forças!

Eu louvo a dança!
Ser humano, aprenda a dançar!
Senão os anjos do céu não saberão
o que fazer de você.