18 de outubro de 2011

Por que sou fã de Mona el Said?

Já era tempo de eu retornar aqui para escrever sobre dança. Nesse caso uma dança que não sei dizer se é do ventre, ou em que categoria se insere, mas que me inspirou durante muitos anos e ainda me inspira. É uma dança de Mona el Said com percussionistas em ritmos um tanto diferentes dos que estamos habituadas a ouvir nos solos tradicionais de derback.

Tenho a gravação em VHS, mas me arrisquei e encontrei uma boa alma que colocou o video no youtube. Acabo de encontrar. Andei pensando muito nessa dançarina porque ela está no Brasil. E vem a Brasília dar um workshop e fazer um show. É uma rara oportunidade. Por que não estarei lá? Não estarei em Brasília... :(




Essa Deusa estará disponível para vocês!





 Minha querida Aris Medrei, como sempre primando pela qualidade de seus eventos! Parabéns querida! Que Allah ilumine suas ações!

20 de junho de 2011

Apaixonada pelo Movimento Armorial

Ando meio que nas nuvens e por isso não apareço muito mais nesse blog, fico com preguiça de escrever. Também sou muito exigente com a escrita e fico pensando que tenho que ter muita vontade de falar sobre algo para postar alguma coisa aqui. Aliás, todo mundo deveria fazer isso. E com um pouco mais de critério também. É preciso pesar se a sua vontade é proporcional à qualidade do que tem a falar...

Mas vamos ao que interessa...


Por que estou nas nuvens? (alho e sal grosso) Estou trabalhando com o que gosto, dando aulas da Licenciatura em Dança do IFB, como já disse aqui em outras postagens. E meu doutorado está uma delícia! Finalmente me encontrei na pesquisa e vou compartilhar aqui um dos temas que tem me agradado bastante (alho e sal grosso). Uma das estéticas que tem me fascinado na minha busca por inspirações coreográficas é a do Movimento Armorial: liderado por Ariano Suassuna, uma reunião de riquezas culturais que valoriza nossas manifestações populares.

Vou postar hoje aqui apenas algumas ilustrações dessa poética, representantes das artes plásticas relacionadas ao movimento. De vez em quando retornarei para compartilhas outras tantas coisas. Paixão é o que sinto!





17 de fevereiro de 2011

Meus fragmentos favoritos

Faltam muitas imagens aqui, mas editei as que mais gosto e que tenho disponíveis em DVD. São cinco minutinhos de trechos dos trabalhos que mais gostei de fazer nos últimos 12 ou 13 anos de criação. Tem coisa coletiva, individual... Enjoy:




Aguardem novas produções. Serão produtos do decorrer do doutorado.

12 de janeiro de 2011

As popozudas da Inglaterra



Gosto de acompanhar o site do terra. É um vício, confesso. Dia desses dei de cara com a noticia:

Londres: mulheres tentam recorde de maior dança burlesca

Fiquei curiosa e constatei que nossas colegas inglesas tentavam quebrar o recorde de mulheres reunidas dançando a tal "dança burlesca" em praça pública. O interessante é que a temperatura estava por volta dos 2ºC. No Brasil, com nossa temperatura mais amena, deve ser mais fácil reunir as popozudas.

Quem sabe a gente não promove um evento para quebrar o recorde de mulheres reunidas dançando a dança do vente em praça pública? O primeiro obstáculo seria a vergonha. O maior deles lidar com os egos de quem dança a dança do ventre. Com certeza se alguém anunciar tal proposta irá desencadear o lançamento de outras idênticas promovidas cada uma por uma academia diferente. Desse modo, quem conseguir mais de 10, certamente entrará para o Guinness Book.

A Inglaterra arrasou! Luxo, poder e sedução:

 


7 de janeiro de 2011

Dos selos de qualidade e as mulheres-fruta


Nesse tempo que andei parada aqui, muita coisa aconteceu. Por isso mesmo escrevi tão pouco ou quase nada, limitando o blog a anúncios de nossas produções antigas e novas.

A experiência de dar aulas num curso de licenciatura em dança me fez perceber o quanto as pessoas que dançam andam desgostosas com o ato de dançar. Parece que falta um sentido maior para suas danças, um sentimento mais amplo de fazer arte! Com a galera da dança do ventre ocorre o mesmo.

Certo dia, uma das dançarinas que cursam a licenciatura veio me dizer o quanto andava frustrada com a dança do ventre... Coisa básica que nós que dançamos há mais de 10 anos conhecemos. Pois bem, perguntei algumas coisas e descobri que ela havia investido um bom dinheiro para se firmar na área. Fez aquelas provas para ganhar o selo de qualidade - como aqueles que vemos nas frutas de supermercado. (será que as mulheres frutas têm o tal selo? vou perguntar à mulher melancia!). Vai frequentemente a uma casa de dança se apresentar para ganhar a quantia exorbitante de cinquenta reais - isso mesmo: R$50,00. Vai de avião, é claro. Ou seja, paga para dançar. Acredita que com isso vai alcançar um patamar na profissão! Perguntei quanto ela havia ganhado de retorno ao tal investimento. Nada!

Minha querida dançarina percebeu que havia sido enganada. Ela se transformou na Mulher-Damasco! Na transposição das mulheres frutas brasileiras para o mundo árabe podemos inventar umas tantas mulheres-comidas (sem trocadilho), algumas das quais conheço bem: a mulher-tâmara, a mulher-pistache, a mulher-esfirra, a mulher-babaganuj... A mais famosa do momento é a mulher-kebaab, fica nas esquinas ou em botecos, espalhados mundo afora, ganhando uns trocadinhos para ser consumidas pelo público interessado!

Para os que criaram o tal selo entrego o prêmio máximo, criado pelo saudoso Abelardo Barbosa: o Troféu Abacaxi!